Caminhar na direção do que a gente quer demanda demais da gente. Um trabalho novo, aprender uma língua, um hobbie, amassar um pão, preparar uma receita diferente, escrever um livro, aprender a andar de bicicleta, ter um filho, uma horta. Coisas que a gente só faz fazendo. Coisas que parecem um passo maior que a perna.
Quantos desejos se perdem pela paralisia da espera pelo momento/lugar/contexto perfeitos? Vou compartilhar um faniquito pessoal: toda vez que me passa um sopro de ideia, já transformo ela em PROJETO. O cão dessa cabeça com mania projeteira é que uma ideia logo tem que ter nome, forma, modelo de negócio, motivos pra largar tudo e viver deste novo plano que AGORA SIM pode ser minha voz no mundo. Adivinha aí o quanto minhas gavetas físicas e mentais estão cheias de ~projetos~ que não deram certo (mas também não deram errado), afinal não tiveram chance nem de começar a acontecer.

Vivo de encontrar todos os motivos do mundo pra não realizar meus trecos. Percebi que criei meu próprio #clubedaimpostora e, como sócia-presidenta, em vez de colocar a cara no sol, aproveito o céu aberto pra ficar boiando na minha piscina de inseguranças.
Mas aí eu vim conversar aqui, fora da minha cabeça, porque talvez a primeira regra de um clube da impostora seja falar sobre o clube da impostora até as associadas saírem por aí com vontade de dar um passinho. Só um. Uma unidade. 01. Hum. Um passo em direção ao desejo, seja ele qual for. Um passo já leva pra mais perto desse destino, mas não é tão grande pra que seja um caminho sem volta, mal dá pra se perder, dá tempo de mudar a rota. Quando a coragem é processo, não precisa juntar tanta e gastar toda de uma vez só.
Eu mesma já gastei toda a coragem que eu tinha hoje neste texto. Mas dei meu passinho abrindo o jogo. Caminhamos juntas?
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Postei este texto no meu perfil do instagram e vira e mexe falo uns negócios lá. Vai que cê quer me seguir em @cacauaraujo.